Há aqueles que destroem.
Ainda adorados, sobrevivem nas almas que dilaceraram.
Seguem assim, não passam: permanecem por muito, destroçando flores.
Ser, no sangue de outra pessoa pode significar mergulhar na alma: sentir o cheiro, o sabor mais visceralmente teu, misturar-se na sua totalidade.
Imerso na profundeza da sua rubra e espessa seiva na qual a luz material não penetra, descubro a luz que pulsa na sua ameaça de sorriso.
Uma luz interior, que plana acima da fisicalidade;
Aquela luz que se afasta de Prometeus, protegendo-o dos mais sagazes olhos das aves de rapina, regenerando a mancha sangrenta durante a noite sombria...
E ainda que não saibas: na densa escuridão da mais densa noite nada, nunca, é permitido. Nada a não ser a fenda de um sorriso que quase parece lavar a alma, que quase parece roubado aos olhos dos deuses. Talvez a escuridão se dissipe como o nevoeiro, talvez os olhos não sejam de deuses mas de gente. Talvez um sorriso pouco custe e dure para sempre (mesmo sem saber quanto é para sempre), sem eternidade. Tudo o que não tem eternidade pode, também, ser mais do que a própria eternidade, sabias?
ResponderExcluir“ – Não sei. Invento-me no Tempo.”
Saboreio minha intimidade com a noite,com a escuridão.
ResponderExcluirSobre permissões: tenho poucas.
Bem-aventurado aquele a quem se permite contemplar essa fenda de sorriso.
Assim, sobre a eternidade, nunca pensei.
Não sei tudo, não quero. Escolho a busca.
Escolho a procura.
ResponderExcluirSANDRA
Sandra, torço para que encontres.
ResponderExcluirObrigado por compartilhar.
Aprender a escrever? Penso ter capacidades. Procure uma imagem de Mike worrall e transforme-a em palavras: desafio.
ResponderExcluirSurpreenda-se e surpreenda-me.
Sandra
Você se aproxima.
ResponderExcluirPrimeiro Lorca, agora Worrall.
Transitando entre sombras, as imagens visuais me acompanham.
Há algum tempo vejo Worral e sou arremessado para outras imagens que me construíram, também: Hopper e Balthus.
Provocante desafio: me fez dispensar meu fettuccine.
Palavras, assim como imagens,já trazem tantas outras imagens de espécies tão diversificada:sonoras, visuais,olfativas, táteis, que não tomaria seu desafio, de modo arbitrário e radical.
Será um exercício paradoxal, porque gosto do verbo transformar, como você usou.
Quanto tempo tenho?
Nao acredito no Tempo. Supere-se, apenas...
ResponderExcluirSandra
Acabei de enviar um e-mail.
ResponderExcluirVc está brava?