Há pessoas que morrem
ao parar de respirar.
Quem vive na solidão,
morre a cada segundo.
Este é um bloco sobre a Solidão. Ela tem sido a minha principal companhia e fez de mim um promíscuo: invadindo minha vida, trouxe consigo a Tristeza e a Angústia.
sexta-feira, 15 de novembro de 2013
quinta-feira, 14 de novembro de 2013
Juliana
Vi Juliana.
Ouvi Juliana.
Toquei, respeitosamente, a mão de Juliana.
Ela me ouvia, mas não me apetecia falar.
Quis ouvi-la mais e mais.
Juliana sorriu. Linda, um sorriso brilhante.
O ciclo dos ponteiros se fechou em sessenta, dilacerando de modo célere aquele momento de felicidade.
Toquei Juliana, sonho, prazer e passado,
Nunca mais retornará aquele fragmento de tempo
no qual a felicidade estava concentrada.
De volta à solidão, guardo, revolvo na memória.
E sou grato a Juliana por ver em mim um homem, uma pessoa.
Ela me fez acreditar que eu seria capaz de amar.
sábado, 2 de novembro de 2013
Olhar para lugar nenhum.
Mergulhar dentro de si mesmo.
Esse é destino da pessoa que vive na solidão.
A máscara social tenta, e pode ludibriar
o olhar de quem vê um ser emparedado pelo claustro da solidão.
Sua alma, no entanto, não passa de um punhado de fragmentos disformes, irregulares.
Resultado do dilacerar imposto pela dor de se saber impotente e incompetente para atrair alguém disposto a compartilhar, ao menos um momento, uma minúscula fração incontável de tempo.
Precisamente o tempo que fere, pois repleto, cheio de ausência.
Nenhuma saudade, pois ninguém se aproximou a ponto de deixar traços.
Só a dor do nada.
Mergulhar dentro de si mesmo.
Esse é destino da pessoa que vive na solidão.
A máscara social tenta, e pode ludibriar
o olhar de quem vê um ser emparedado pelo claustro da solidão.
Sua alma, no entanto, não passa de um punhado de fragmentos disformes, irregulares.
Resultado do dilacerar imposto pela dor de se saber impotente e incompetente para atrair alguém disposto a compartilhar, ao menos um momento, uma minúscula fração incontável de tempo.
Precisamente o tempo que fere, pois repleto, cheio de ausência.
Nenhuma saudade, pois ninguém se aproximou a ponto de deixar traços.
Só a dor do nada.
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