Na alma,
antes plenitude,
ausência atroz.
Sou sem.
Incompletude,
Sem sua voz.
Este é um bloco sobre a Solidão. Ela tem sido a minha principal companhia e fez de mim um promíscuo: invadindo minha vida, trouxe consigo a Tristeza e a Angústia.
Não
posso ter você dentro de mim.
Não
posso sentir seu beijo.
Não
toque em meu corpo.
Não,
nem sequer tente me olhar.
Tudo
que vem de você
é gerado em tanto amor,
desde um olhar, me toca tão fundo,
demasiado para meu mundo.
Sem você, vivo em dor.
Arremesso na distância
o amor.
Assim, afasto o que restava
como saldo,
a imensa dor.
Melhor o desejo superficial.
Sexo profundo no corpo.
Não atinge a alma, mas,
a vontade da invasão, acalma.
Portanto, faço e minto,
não amo.
No intimo, chamo,
grito impropérios de horror
chorando, no intimo,
a falta do verdadeiro amor.
Repugnante.
Jaz em sofrimento a alma.
Percebe sob invólucro adornado,
matéria putrefata.
Construto fétido
do consumo inveterado.
Depois de fiasco, resta asco.