sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Vi uma linda mulher,
duas, três, dezenas, milhares.
Não pude descobrir se havia algum ser humano
naquele turbilhão de beleza:
nenhuma delas permitiu que eu me aproximasse;
sou feio.


O Facebook tem um censor automático que discrimina pessoas feias.
Tenho recebido convites enviados por cada figura!
Resolvi questionar algumas interessantes e perguntar por que não me convidam.


Conversa via Skype
Ele: Me convida para um joquinho?
Keira (from Hollywood) Not even in your best dreams!!!
Ele: E por que não?
She: Aren´t you too ugly to ask?
Ele: Concordo. Mas, você não assistiu Shrek? Há beleza dentro da feiura.
She: I don´t care. Give me a break.

End of chatting.
Now he is history; no more facebook, whatsapp, skype, and so on.

Fica ilustrada minha assertiva:
A conjunção de feiura e bom-gosto me encarcera numa profunda e gélida solidão da qual foi bloqueada a porta de saída.

sábado, 5 de outubro de 2013

Há os que pensam que só se está morto quando o ar não preenche os pulmões e o coração para.
Já estive respirando, coração batendo sofregamente, contudo,  morto.
Hoje ainda respiro; caminho por aí, sorrio... parte de mim, no entanto, já morreu. Corre na minha alma um rio de pavor quando rio em segredo da minha infelicidade.
Sou o que me restou.
E sou somente dor...
Tão só que no emaranhado da rede de computadores ninguém lê a minha dor.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

A tristeza que resulta da minha solidão tem a textura e a temperatura de uma lâmina afiada de navalha... 

E confirmo a cada dia não haver saída, pois não há mais pessoas disponíveis.
Algumas visualmente interessantes me ignoram, pois me julgam pela feiura.

Sigo só, retalhado a cada segundo pela gélida navalha que rasga quem vive só.
Quando alguém me diz que esteve num lugar com muita gente "bonita", penso perguntar: e havia alguma pessoa por lá?

Daí, não fico triste por não integrar esse contingente de "gente bonita"; e compreendo que estou só porque procuro algo muito difícil: uma pessoa, lá dentro, mesmo que por fora se veja muita beleza.
Acaba-se por descobrir que quando se busca a felicidade não se pode depender de outras pessoas.